maio 16, 2011

Mamãe "Esgana-Gato" (sticklebacks) se comunica através dos ovos






Fêmeas de "esgana-gato" são capazes de influenciar o crescimento, desenvolvimento e comportamento de seus filhos, ao alterar a quantidade de produtos químicos nos ovos.

(Female sticklebacks are able to influence the development, growth and behaviour of their offspring by altering the amount of chemicals in the eggs.)

According to a paper published in the most recent issue of the Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, the study by Eric Giesing and coauthors revealed that female sticklebacks that were frequently exposed to a predator produced eggs and fry significantly different in physical attributes and behaviour compared to those that were not.

The authors regularly exposed 30 gravid female Threespine sticklebacks (Gasterosteus aculeatus) housed individually in tanks to a model predator. This was done by chasing the fish for approximately 30 seconds once a day at a randomly chosen time with a painted model of a natural predator, the Northern pike (Esox lucius) in an experimental setup prior to and during egg formation. Another 15 females were left undisturbed in an identical setup acting as a control experiment. 

After an average of 25 days, the females were removed from their tanks and stripped of their eggs. The eggs were then artificially fertilised and the authors then compared the resulting offspring from the two treatments for egg characteristics (egg size, egg number, egg cortisol concentration, metabolic rate) and post-hatching characteristics (growth and shoaling behaviour).

The authors found that the females that were exposed to the predator produced larger eggs (although the number of eggs they produced was not significantly different from those produced by the control group). 


'Mum' communicates through the egg
Copyright - Smithsonian's National Zoo

The eggs produced by the females that had been exposed to the predator also had a higher concentration of cortisol in them, with the developing fry consuming more oxygen shortly after fertilisation (as a result of the elevated cortisol) compared with the control group. 

The young of the predator-exposed fish schooled more tightly (evidenced by a smaller average distance between neighbouring fish) compared to those of the control group. 

The authors hypothesise that the increased egg size of the predator-exposed fish may provide the fry with an additional advantage, since previous studies have shown that fry hatched from larger eggs feed, swim, and in general survive better. 

The difference in the shoaling behavour of the fry suggested that maternal experience might cause intergenerational transmission of information about predation risk. However, the authors are unsure if the changes in fry behaviour observed are due to the cortisol level, the size, or some other modification (e.g. to the fats or the egg protein) of the eggs, nor do they know for how long maternal effects on offspring behaviour will persist or whether the effects extend to other behaviours (or are just limited to antipredator behaviour).

http://www.practicalfishkeeping.co.uk/
Published: Dr Heok Hee Ng (3 May 2011)

maio 15, 2011

15/maio/2011 - n° 9170 
Diário Catarinense
by Guto Kuerten
A Disputa pela Tainha
Fim do período de defeso do peixe mais popular de SC põe frente a frente pescadores industriais e artesanais, que ainda disputam seus espaços

A natureza dá os sinais que arrepiam e enchem os pescadores de expectativa: o vento sul e frio. E o calendário confirma: a pesca da tainha, a mais tradicional de Santa Catarina, começa oficialmente neste domingo, quando termina o defeso do pescado.

O peixe que acaba à mesa especialmente do catarinense – 70% das tainhas são vendidas aqui – vem do Rio Grande do Sul em busca de águas mais quentes para se reproduzir, como mostra o mapa. Provoca, também, debates entre pescadores industriais e artesanais.

As polêmicas envolvem dois pontos: os limites de cinco e 10 milhas da costa e a liberação legal das embarcações, prontas para ir ao mar, mas ainda à espera da autorização, mesmo com o fim do defeso.

Um projeto pioneiro de estudo da espécie desenvolvido em parceria pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg/RS), Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Instituto de Pesca de Santos (SP) promete ajudar a encontrar uma solução.

A proposta deve ajudar uma instrução normativa criada pelo Ibama em 2008. A regra decretou critérios como a limitação de licença de 60 barcos industriais para a pesca de tainha e a zona de exclusão.

– Medidas de limitação necessárias. Nosso papel como pesquisadores é determinar o tamanho desta mordida. Caso a mordida seja maior do que a capacidade de regeneração, podemos levar ao colapso – recomenda Paulo Ricardo Schwingel, PhD do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar da Univali.

Segundo ele, a norma foi elaborada para reduzir a possibilidade de conflitos entre os dois segmentos.

Os pescadores concordam com um controle embasado em dados científicos para manter a atividade secular. Cobram das entidades governamentais profissionalização e mais seriedade.

À beira-mar, as duas categorias também dão os últimos retoques nas redes e deixam as embarcações prontas para a corrida pelo peixe. Para ambos, a expectativa realista é de uma boa safra.

Foi o que constatou o Diário Catarinense, em uma manhã com pescadores industriais e outra com artesanais. As reinvidicações e o cotidiano estão nas próximas duas páginas, que registram as diferenças entre as duas maneiras bem diferentes de fazer a mesma coisa.