agosto 31, 2011

Oportunistas: Ciclídeos seguem raias na busca por alimento

Cichlids follow stingrays to food
Published: Dr Heok Hee Ng 


Copyright © Steven Johnson, Creative Commons

Brazilian scientists have discovered that some cichlids follow potamotrygonid stingrays to opportunistically feed on the invertebrates flushed out by the foraging activity of the rays.

Publishing the results of their study in a recent issue of the Journal Neotropical Ichthyology, Domingos Garrone-Neto and Ivan Sazima record this association while making in situ observations of the fishes at two sites in the upper Paraná river drainage. 

The authors found that the foraging activities of the stingrays Potamotrygon falkneri and P. motoro, attract four cichlid species (Crenicichla britskii, Satanoperca pappaterra, Cichla kelberi, and Geophagus proximus) to follow them. 

The authors describe the association as “…a ray stirring the unconsolidated (loose) substrate to uncover small invertebrates such as insect larvae, crabs, and snails.

Food clouds
This activity stirs the substrate particles and discrete sediment clouds are formed near the foraging ray. These clouds apparently catch the attention of nearby cichlids that approach the ray and feed on small preys and other food types exposed this way.” 

This is yet another case of a nuclear-follower association, which has been reported for a number of South American freshwater fishes.

The nuclear-follower association is an interspecific interaction defined by the presence of a nuclear species that promotes a disturbance during foraging and a follower species that feeds on the items exposed or flushed out by the former.

For more information, see the paper: Garrone-Neto, D and I Sazima (2009) The more stirring the better: cichlid fishes associate with foraging potamotrygonid rays. Neotropical Ichthyology 7, pp. 499–501.

agosto 11, 2011

Fenômeno da Bioluminescência por tornar o Tubarão-Lanterna invisível contra predadores.

Glow-in-the-dark shark can become invisibleAbility to 'disappear' may save it from predators, but researchers find it amazing
By Jennifer Viegas (© 2011 Discovery Channel)

Bioluminescence most likely facilitates the rare splendid 
lantern shark in mating, schooling and other behaviors.
(Jerome Mallefet)
The first detailed study of the rare splendid lantern shark reveals that not only does it glow in the dark, but the light effects create a "cloak of invisibility" that helps shield it from predators.

The study, accepted for publication in the Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, is also the first to document the cylindrical-shaped shark's presence in waters around the Okinawa Islands of Japan. Previously, the shark was confirmed to exist only in the East China Sea, off Taiwan, and in the waters around southern Japan.

Its natural light show, produced by light-emitting organs called photophores, serves many functions. The cloak of invisibility is perhaps one of the most beneficial, since it helps to protect the small, shark from upward-looking predators. The lantern shark is a member of the small dogfish sharks.

"The photophores replace the down-welling light from the sun, which is absorbed by the shark's body," lead author Julien Claes explained to Discovery News. "The silhouette of the shark therefore disappears when seen from below."

Claes, a postdoctoral researcher in the Catholic University of Louvain’s Marine Biology Lab, and colleagues Keiichi Sato and Jerome Mallefet collected, and maintained in captivity, three specimens of the splendid lantern shark.

Analysis of the sharks revealed that each had nine distinct luminous zones where light was emitted. Some of these zones, such as one on the belly, contribute to the "cloak of invisibility" effect. Other, even brighter, zones are present on the shark's sexual organs, flanks, tail and pectoral fins. The researchers suspect these are probably used during schooling and sexual communication.

"Sharks use internal fertilization, so the presence of photophores on the sexual organs may facilitate mating," Claes said. "Moreover, it might also be a way for the sharks to signal that they are ready to mate or that they are a better candidate for reproduction in a light-induced sexual selection system."

The scientists believe nerves and hormones primarily control the light, with pigments also moving in cells as part of the process.

The luminescence likely evolved when lantern sharks colonized the deep sea probably during the end of the Cretaceous, 65 to 75 million years ago. The splendid lantern shark to this day lives 656 to 3,281 feet below the water's surface, an area with extremely low light levels.

Claes and his colleagues previously studied another member of this shark family, the velvet belly lantern shark. Both this and the splendid lantern shark share similar luminous zones and other features. It's therefore probable that their ability to glow evolved long before their clades split up at least 31.55 million years ago.

It's even possible that many other prehistoric marine animals could glow in the dark.

"Unfortunately bioluminescence is a soft-tissue phenomenon that leaves no, or extremely few, fossil tracks," Claes said. "It is therefore very difficult to establish if a lot of prehistoric animals were luminous, but it is probably the case at least in the deep sea, since bioluminescence is currently widespread in this environment."

Nicolas Straube, a researcher at the Bavarian State Collection of Zoology, told Discovery News that he "fully agrees" with the new paper's conclusions.

Straube explained that this latest study supports previous theories about lantern shark evolution and luminescence, given both the similarities and differences between the two best-documented species: the velvet belly lantern shark and now the splendid lantern shark.

At least 33 species exist in this diverse shark family, however, so much remains to be discovered about these dwellers of the ocean depths.

agosto 07, 2011

Quais são as técnicas mais adequadas e de baixo custo para engordar peixes em tanques escavados e em tanques circulares?


Tanques para piscicultura
Fabiano Henrique W. Ribas
Barra do Chapéu - SP

O cultivo de peixes para consumo ou para ornamentação (utilizados em aquários, por exemplo) tem se popularizado no Brasil. As boas condições climáticas do país e a grande variedade de espécies nativas contribuem para o desenvolvimento da atividade. Com dedicação e empenho, produtores podem conseguir bons resultados e contar com a criação como fonte de renda principal de sua propriedade. 

Antes de escolher os peixes que mais se adaptem à região de cultivo e dar início ao novo empreendimento, entretanto, é necessário montar uma estrutura apropriada no local. De acordo com o orçamento disponível, pode-se decidir por vários materiais encontrados no mercado e por diferentes sistemas de criação (confira a tabela na página ao lado). 

O tanque de cultivo pode ser apenas escavado na terra ou, após a terraplenagem, ser construído em alvenaria e impermeabilizado com lona, fibra de vidro ou chapa galvanizada. Para o sistema de abastecimento de água, utilize blocos de concreto ou algum tipo de vala, com conexões de tubo de PVC para condução da água até o tanque. A vazão da água pode ser regulada com a instalação de um monge de alvenaria ou um cotovelo articulado, por meio do qual ocorre o escoamento da sujeira acumulada no fundo do tanque. 

De forma geral, é recomendável que os viveiros não sejam muito grandes, para evitar dificuldades no manejo, como nos momentos de alimentação, transferência de peixes e despesca. Uma boa medida recomendada é de 40 por 50 metros, com 1,60 metro de profundidade. O formato retangular é o mais indicado para a criação de várias espécies de peixes, pois facilita a renovação da água. O circular, que exige mais aparatos para a movimentação da água e filtros para a remoção de resíduos, é mais frequentemente usado na criação de trutas, embora também possa ser usado no cultivo de lambari, tilápia e pirarucu, entre outros. 

Piscicultores de algumas localidades do país têm optado por fertilizar a água dos viveiros com resíduos originários da suinocultura, promovendo a proliferação de micro-organismos que servirão de alimento para os peixes. Com produção que chega a 2 mil quilos de pescado por hectare por ano, o sistema é considerado uma opção para baratear os custos.


Muitos criadores brasileiros, no entanto, adotam viveiro com fertilização acrescida de alimentação suplementar. São aproveitadas sobras de hortaliças e/ou fornecidas rações de boa qualidade para a engorda dos peixes. A produção oriunda desses sistemas pode atingir 5 mil quilos por hectare por ano.

Para conseguir uma atividade mais produtiva e com custo baixo, os piscicultores também aproveitam para praticar o policultivo: várias espécies de peixes ocupam o mesmo viveiro, sendo que cada uma aproveita um espaço (mais no fundo, mais junto à superfície, etc.) e um tipo de alimento. Um exemplo de boa convivência é juntar em um único tanque tilápia com variedades de carpa. 

Podem dividir o mesmo ambiente a carpa comum, que, assim como a tilápia, come de tudo (onívora); a carpa capim, que consome plantas (herbívora); a carpa cabeçuda, que se alimenta de minúsculos animais (zooplanctófaga); e a carpa prateada, que gosta de algas (fitoplanctófaga). 

Uma recomendação importante para os iniciantes na criação de peixes é consultar a legislação ambiental. A orientação de um técnico competente pode assegurar o dimensionamento de um projeto econômico e produtivo. Um consultor em piscicultura também tem capacidade para avaliar as condições do local para a atividade, sugerir o melhor sistema a ser adotado, recomendar as espécies para cultivo e sugerir opções para baratear os custos. 

CONSULTOR: Jorge Meneses (consultor na área de piscicultura)
MAIS INFORMAÇÕES: Instituto de Pesca de São Paulo, instituto@pesca.sp.gov.br, www.pesca.sp.gov.br; Centro de Aquicultura de Jaboticabal (Caunesp), http://caunesp.unesp.br