O GLOBO RURAL MOSTROU EXPERIÊNCIAS DE CRIAÇÃO EM CATIVEIRO DA ESPÉCIE
Somente na safra de 2012 estarão à disposição dos produtores rurais 50 mil alevinos de pirarucu rastreados e com georreferenciamento, cumprindo o que determina a legislação, e, após um ano pesando acima de 14 quilos podem ser comercializados. O produtor rural Pedro Megumi Yoko Yamia (Seu Pedrinho), um dos pioneiros na produção de alevinos em cativeiros, aposta tudo na comercialização e exportação do pirarucu de Rondônia.
Seu Pedrinho trabalha em dez tanques escavados com uma média de 1.500 metros quadrados cada, com uma rotatividade para retirada em média de 1.500 alevinos de pirarucu a cada 90 dias. Cada filhote é vendido para engorda em todo o Estado com 20 centímetros a R$ 10 a unidade que aos 15 meses está pronto para o abate pesando entre 14 a 15 quilos e podem ser comercializados a R$ 8 o quilo do peixe vivo.
Pimenta Bueno tornou-se no maior centro produtor de alevinos certificados e rastreados do Estado. A produção de pirarucu que ali são acompanhados por técnicos desde o nascimento até a comercialização final. Segundo seu Pedrinho, o “Estado vai se tornar no maior e melhor produtor de peixes do Brasil, graças às parcerias com universidades e outras instituições governamentais.” Cada desova anual por fêmea varia entre 5 e 10 mil alevinos.
Para o gerente de piscicultura da secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri) o veterinário, Carlindo Pinto Filho, “foi à vontade política do governador Confúcio Moura (PMDB) em transformar o Estado como um dos maiores produtores de peixes do País, priorizando essa atividade em sua gestão, que vai mostrar para o mundo a qualidade do filé de pirarucu exportado de Rondônia.”
O diretor de Pesquisa da Mar & Terra (Thiago Tetsuo Ushizima) empresa instalada há poucos anos em Pimenta Bueno e especializada na comercialização de peixes para o exterior, garante que no final de março segue para Europa a primeira parte das 200 toneladas de filé de pirarucu. O processo é lento em função de exigências burocráticas.
Segundo Thiago, Rondônia é um Estado atraente. “Tem potencial de água e clima favorável, só faltava organização.” A meta do grupo é produzir, em médio prazo, três milhões de alevinos para serem repassados aos produtores rurais no sistema de parceria, com um contrato de garantia de compra.