abril 01, 2011

Rios Douro e Guadiana já foram a casa do Esturjão

31.03.2011 - Por Teresa Firmino
Já houve esturjões em Portugal

Extinção foi na década de 1980 em PT

Vivia no mar e, na altura da reprodução, subia os rios portugueses para desovar. As bacias do Douro e do Guadiana eram então a casa do Acipenser sturio, a espécie de esturjão que já existiu em Portugal.

Era apanhado para ser comido, não para fazer das suas ovas a famosa conserva chamada caviar, explica a bióloga Fátima Gil, do Aquário Vasco da Gama, em Lisboa. Mesmo assim, um dos seus nomes vulgares era peixe-do-caviar. Chamavam-lhe também esturjão, esturgião, esturião, esturjão-real, peixe-cola, solho, solho-grande e solho-rei. 

Em Portugal, hoje está extinto na natureza. O último rio que visitou foi o Guadiana, na década de 1980. "O desaparecimento deveu-se à pesca na época da reprodução, às barragens que os impediram de subir os rios para locais propícios à desova e à sobrevivência das larvas e juvenis, e à poluição", refere Fátima Gil. "Junto dos nossos grandes estuários encontram-se também as maiores cidades." 

Nos países onde ainda existe o Acipenser sturio, como a bacia do rio Gironde, em França, e a do Guadalquivir, em Espanha, está criticamente ameaçado de extinção. 

Mas há várias espécies de esturjões na Europa e na América do Norte, e de quase todas se faz caviar. A principal fonte desta delícia para muita gente é, porém, o esturjão-beluga - com o nome científico Huso huso -, que vive nos mares Cáspio e Negro e no rio Volga. É o maior de todos, podendo atingir nove metros de comprimento.

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